Fechado com o Atlético-GO, Cristóvão Borges realiza curso da CBF para voltar aos trabalhos

Foto: Fernando Dantas/ Gazeta Press

Longe dos gramados desde 2017 quando esteve no Vasco, o técnico Cristóvão Borges utilizou o período sabático para fazer um curso na CBF e se preparar para retorno aos trabalhos. Em uma entrevista feita a um blog no Yahoo, o treinador explicou o período em que esteve fora dos trabalhos e porque ficou tanto tempo afastado sem assumir nenhum clube.

– Quando saí do Vasco, eu vinha de uma grande sequência de trabalhos, emendando um no outro. Isso me tirou a oportunidade de fazer avaliações do que eu tinha feito, do que tinha acontecido e o que eu precisava corrigir. Diante disso, há algum tempo, eu tinha como objetivo dar uma parada para poder fazer isso. Sabia que poderia sair perdendo por ficar tanto tempo afastado, mas era necessário e seria importante para mim. Nós, como treinadores, temos muitas queixas e eu queria achar soluções. Passei a estudar treinamentos para melhorar os processos. Temos uma reclamação eterna sobre o calendário e ela é verdadeira. Com isso, o tempo de treinamento é mais curto. Fica muito difícil trabalhar porque você precisa dos resultados para que continuar. Eu passei a ver uma maneira de trabalhar que poderia otimizar esse processo, sem perder a qualidade e dando resultados. Isso não é fácil. Até hoje, eu estudo três vezes por semana, por quatro horas por dia, com o José Quadros, gerando muitos relatórios. Isso há mais de um ano. Tudo para trabalhar da melhor forma no caos que é o futebol brasileiro”, diz.

Neste período o treinador dise que participou de um curso de Licença PRO, que foi promovido pela CBF e também pelo holandês Raymond Verheije, que é considerado um dos maiores especialistas do mundo em períodização no futebol. Cristóvão explicou como foi o período.

“Eu fiz o curso da CBF, o último nível, que é a licença PRO. São dois módulos, eu fiz o primeiro em dezembro e vou fazer o segundo no final do ano. Esse de agora tinha uma turma boa. Quase todo mundo, que está trabalhando, estava lá, inclusive o Tite era da minha turma, assim como o Mano Menezes, Dunga, Jair Ventura, Zé Ricardo e Jardine. Foi uma possibilidade de juntar muita gente. Esses cursos da CBF são muito bons e cada vez estão melhores. É uma possibilidade de nos juntarmos, coisa que fazíamos muito pouco. É importante essa troca de ideias”