“Eu estou realizando um sonho de torcedor”, revela o fotógrafo do Atlético-GO em entrevista para o Dragão Goiano

Em entrevista exclusiva para a reportagem do site “Dragão Goiano“, o fotógrafo Paulo Marcos abriu o jogo e contou como chegou ao Atlético-GO há sete anos atrás. Principalmente como surgiu a possibilidade de entrar para dentro do clube e como foi descoberto pela diretoria rubro-negra.

Eu comecei fazendo montagens, essas artes que eu faço para ajudar o clube e eu tive um período que eu tinha machucado o meu joelho e fiquei operado um bom tempo e durante esse tempo que eu fiquei em repouso em casa, eu decidi a fazer mais e estar ajudando o clube que eu gosto, que é o Atlético logicamente e resolvi me envolver mais e me envolver como torcedor, nunca passou pela minha cabeça estar trabalhando no clube. Então passei a estar fazendo artes, eu comecei com artes minhas mesmo meu filho e aí eu fiz para um amigo meu, que gostou e pediu para colocar um emblema do Atlético e ele passou para outro amigo e virou tipo uma corrente e quando fui ver acabei fazendo amizades com outros torcedores do Atlético e me pedindo para eu fazer as artes, quando tinha os jogos eu fazia o met day para a minha página pessoal e divulgando os jogos. Eu ia muito pouco aos estádios, por conta das minhas condições, que não deixava e meus trabalhos no começo sempre foram braçal. Então, quando eu ia para o estádio o próprio torcedor bancava a minha entrada e eu tinha uma máquina fotográfica aquelas bem simples e eu ia para o estádio Serra Dourada em jogos da Série B, eu comecei a bater foto da torcida e eu tive a ideia de divulgar mais a nossa torcida. Alguns torcedores pagavam os ingressos, as vezes eu nem entrava e eu ficava só do lado de fora e fui várias vezes a pé mesmo para o Serra Dourada. Acabou, que eu acabei criando essa própria identidade com a nossa própria torcida”, diz.

Para o fotógrafo oficial do clube, a repercussão do torcedor rubro-negro foi de extrema importância para que o ex-presidente Maurício Sampaio acompanhasse o seu trabalho. Mesmo com tempo de folga em seu antigo trabalho, Paulo Marcos ia para o CT do Atlético-GO tirar fotos e acompanhar o dia-a-dia do clube.

Através disso do torcedor, o torcedor acabou a falar mais de mim nas redes sociais e logo chamou atenção de uma vizinha, que na época era o nosso presidente, o Maurício Sampaio, que comentou e falou de mim pra ele e que ela era vizinha dele no prédio e começou a me seguir e acompanhar o que eu fazia. Então ele passou até curtir, eu lembro muito bem: “Você viu que o presidente nosso do clube curtiu suas montagens, falei: não”. Fui olhar, realmente, era o Maurício e ele dava os parabéns para mim e assim de imediato ele passou para o Adson Batista, que ele passou a me acompanhar também e eu lembro muito bem que eu tinha uma folga no meu trabalho eu ia no CT e fui várias vezes de apé no CT do Atlético, as vezes eu estava de folga e saia de casa, as vezes não tinha dinheiro, eu ia de ônibus e eu voltava e sempre que tinha folga eu vinha para o CT. Eu lembro muito bem, que numa dessas idas e vindas estava tendo uma apresentação de um jogador e acabou a apresentação tudo e estava lá na sala e bati umas fotos como torcedor mesmo e o Adson passou por mim e volto, quando ele me viu e voltou e falou: “Você é o Paulo Marcos? e falou: eu gosto muito do que você está fazendo e está ajudando muito o clube e o Maurício gosta muito de você, cola no Maurício, ficou por isso e também. Foi numa época, que o time estava caindo quase para a Série C e o torcedor não ia e estava uma situação muito complicada“, diz.

Paulo Marcos explicou qual foi o seu primeiro trabalho que fez no Atlético-GO, antes de ser contratado pelo clube. Além de detalhar quando foi a primeira vez, que entrou no ônibus da delegação atleticana ao ser convidado pelo supervisor Murtosa.

Eu lembro que eu fui no aeroporto, o time estava vindo jogar da Copa do Brasil e eu decidi era folga mesmo do meu trabalho e eu fui lá. Eu indo lá, eu bati as fotos dos jogadores chegando e bati uma foto com alguns jogadores. Quando o ônibus ia saindo, parou, quando ele parou desceu o nosso supervisor, que hoje é o Murtosa e me chamou para ir dentro do ônibus(com a delegação) e aí no CT ele me chamou na sala dele e falou que queria fazer um jogo da família para ver se incentivava o torcedor a ir nos estádios e ele fez três jogos, no último ele me chamou e falou para mim: “Paulo, vem vindo no CT que eu quero te encaixar, mas Adson tem um porém, eu não sou formado, mas bato as fotos mesmo e fiz um curso de fotografia”, eu trabalhava no meu outro emprego e tinha um tempo eu ia pra lá para o CT“, completou.

Por fim, Paulo Marcos se declarou ao Atlético-GO e garantiu que está realizando um sonho de torcedor que é trabalhar em um clube que gosta e tem uma grande admiração. Hoje na fotografia, o fotógrafo rubro-negro lembra do momento que o clube quase foi rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro e se salvou com um gol de Júnior Viçosa.

Eu estou realizando um sonho de torcedor que é trabalhar em um clube que eu gosto, como eu gosto sempre de estar ajudando todo mundo. Graças a Deus eu tenho retribuído e tenho certeza disso com o meu trabalho até hoje. O Adson pagou realmente, o salário do bolso dele, até o clube melhorar e graças a Deus deu certo. O clube escapou, a gente estava caindo para a Série C e foi um gol do Viçosa e a gente saiu e eu fiquei e já me encaixei e na época o o assessor que tinha era o Fábio. Então ficou eu e o Fábio, que eu comecei a ajudar na parte de foto e ele me ensinou muitas coisas também. Eu fui um auxiliar dele e comecei a diante a trabalhar no clube, esse ano completa sete anos de clube que estou no Atlético e conquistei o meu espaço com muita humildade e responsabilidade e nunca pisando em ninguém e somos uma família dentro do clube. O Adson é um ser humano extraordinário, não falo isso por puxa saco, mas por gratidão e ele é um cara que acreditou em mim e foi e meu deu uma oportunidade de estar crescendo junto com o clube de ajudar o clube e ao mesmo tempo de eu crescer como pessoa. Eu cresci muito como profissional e como pessoa. Graças a Deus, eu acredito assim bem profissional e aprendendo com todos e até com companheiros de imprensa, setoristas, jornalistas e eu aprendo com todos na verdade. Principalmente, com o pessoal da comissão técnica e o Adson Batista abriu as portes e confiou em mim. Principalmente, o Adson que foi a pessoa que acreditou mesmo em mim e me colocou lá dentro do clube eu tenho essa gratidão muito grande por ele. Além da torcida, mas se não fosse por eles, as vezes, o Adson não poderia ter me visto pelo que a torcida falavam de mim e eu sou muito grato a torcida“, concluiu.