Carpegiani apoia técnicos do exterior no Brasil: “Tem que ser bem aceito”

Uma polêmica movimentou a preparação de Botafogo e Flamengo antes do início do duelo pela semifinal da Copa do Brasil. No dia em que o Rubro-Negro apresentou oficialmente o colombiano Reinaldo Rueda, o treinador Jair Ventura questionou a contratação de técnicos estrangeiros, indicando que isso poderia prejudicar o mercado para os brasileiros. Alguns treinadores, como Vanderlei Luxemburgo, apoiaram a posição de Jair. Com a experiência de ter trabalhado no exterior, Paulo César Carpegiani defende a vinda de profissionais do exterior para o futebol nacional.

– Eu treinei a seleção paraguaia, a seleção do Kuwait. Tem que ser bem aceito. São escolhas que são feitas. Os profissionais competentes da direção (de um clube) escolhem o treinador. É uma coisa muito pessoal. Vejo a possibilidade dele (Rueda) fazer um bom trabalho. O Flamengo possui jogadores muito bons. É muito bem aceito (vinda de treinadores do exterior). Existe essa liberdade e tem que ser dada essa oportunidade aos estrangeiros também – afirmou, em entrevista ao SporTV.

Após deixar o Flamengo em 1983, com o título mundial de clubes de 81 no currículo, Carpegiani foi trabalhar no Oriente Médio, dirigindo o Al-Nassr (Arábia Saudita). No início da década de 90, voltou a atuar fora do Brasil, trabalhando no Cerro Porteño (Paraguai) e Barcelona de Guaiaquil (Equador). O trabalho no Cerro, em duas passagens, o fizeram ser convidado para comandar a seleção do Paraguai em 1996. E conseguiu classificar o país para a Copa do Mundo de 98, na França. Em 2003, voltou a trabalhar fora do país, dirigindo a seleção do Kuwait.

Fonte: SporTV