No Atlético sobra técnico e falta camisa 9

Neste sábado, o Atlético teve pela frente seu 4º clássico no ano e sofreu a terceira rodada. A pedra no sapato foi novamente o limitado time do Goiás, que aproveitou falhas grosseiras da defesa do Atlético e levou os 3 pontos.

Primeiramente, peço desculpas em fazer esta análise apenas hoje (domingo), é que não poderia escrever nada com a raiva que estava sentindo ontem, principalmente de Júnior Viçosa.

Novamente, o Atlético foi superior na maior parte do jogo. O time é muito bem treinado. Marcelo Cabo, finalmente, vem tendo semanas longas de treinamento e está colocando sua filosofia de trabalho no time. É nítida a evolução tática e de entrosamento. O time hoje troca passes com muito mais qualidade, fazem boas tabelas, ultrapassagens, etc.

Contudo, as peças que Marcelo Cabo tem à disposição são fracas. O time barato montado por Adson Batista para o Goianão é extremamente limitado. Como erram gols, como são infantis, como sentem a pressão em clássicos … Diferentemente do Goiás que, apesar de ter um time bem comum, é mais cascudo e cirúrgico. Possuem jogadores de ataque com faro de gol.

Mesmo com todos os problemas do time rubro-negro, dava para ter saído com um resultado melhor. Conseguimos diminuir o placar logo após a expulsão do zagueiro do Goiás. Teríamos 30 minutos de vantagem numérica para buscar um empate ou até virar o jogo. O Goiás estava acuado e teve que sacrificar seu melhor jogador, Juan, para recompor a zaga.

Eis que surge Júnior Viçosa. De forma irresponsável, deu um pontapé no amigo Pedro Bambu e foi expulso de forma justa. Além de não fazer gol no Goiás, fica nervosinho todo clássico. Estava cavando esta expulsão há muito tempo. O Atlético também ficou com 10 jogadores e não teve forças para empatar. Para piorar, nos acréscimos, o árbitro quis aparecer e expulsou o volante Betinho.

Viçosa vive fase ruim desde 2016, apesar de gols decisivos no título brasileiro. É impressionante como perde gols, perde jogadas, erra passes e fica constantemente impedido. No começo do ano, eu disse à amigos que 2017 seria o ano dele. Estou decepcionado.

Viçosa é ídolo, tem carisma e é um torcedor do Atlético. Esses fatores fazem com que a torcida tenha mais paciência com ele. Entretanto, a minha acabou ontem. A desculpa que a bola não chega não cabe mais. O time cria bastante e o que o camisa 10 Jorginho vem jogando não é pouca coisa.

A derrota não deve ser atribuída ao camisa 9. O time é fraco. Os laterais são sofríveis, o Luiz Fernando é jogador de segundo tempo, Negueba e Willlians não sabem fazer gols. Mas Viçosa é o maior salário do elenco e deve ser o mais cobrado.

Que venha o problemático Walter com seus 3 dígitos na balança, que mesmo assim acrescentaria mais que o nosso atual camisa 9.

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