Ontem, o Dragão dominou o Luverdense nos 90 minutos de jogo, venceu por 2×0. Como consequência, assumiu a liderança provisória da Série B até pelo menos sexta-feira, dia em que o Brasil de Pelotas joga e, caso vença, ultrapassa o rubro-negro goiano.
Um dos fatores determinantes desta campanha do Atlético é o equilíbrio. A equipe mostra uma harmonia muito grande entre defesa, meio campo e ataque desde o início do campeonato. Equilíbrio, aliás, é a palavra da moda no atual cenário do futebol mundial.
Tal palavra começou a ser mais falada no início deste ano. Zinedine Zidane assumiu o Real Madrid, que não ameaçava o Barcelona no Campeonato Espanhol e não convencia na Champions League. O Real, recheado de craques como Cristiano Ronaldo, Bale, James, Benzema e Modric não emplacava. No entanto, Zidane achou uma solução. Promoveu a entrada do volante brasileiro Casemiro e a equipe achou o equilíbrio necessário para embalar e conquistar a 11ª taça do torneio mais importante da Europa. Zidane, por reiteradas vezes, afirmou que Casemiro é o ponto de equilíbrio do time.
Outra equipe que até pouco tempo não deslanchava era a seleção brasileira. Tite assumiu o comando da canarinho e em dois jogos voltou a apresentar bom futebol e a reconquistar o carinho dos torcedores. Depois do jogo de ontem, Tite parafraseou Zidane e afirmou que Casemiro é o ponto de equilíbrio da equipe.
E no Atlético? Quem seria tal fator de equilíbrio? Sem dúvida nenhuma é o volante Michel.
Michel, volante vindo do desconhecido Novorizontino do interior paulista, com currículo pouco expressivo e que em 2015 estava jogando na segunda divisão do campeonato catarinense é a melhor contratação do Dragão em 2016. Um outro achado de Adson Batista.
Segundo volante que marca bem, dá ótimos passes, faz infiltrações e gols. É o que se espera de um jogador desta posição. No início do ano, Pedro Bambu era o encarregado desta função. Bambu não possui estas características e não dava equilíbrio para o time. O resultado foram eliminações. Alertei, aqui mesmo no dragaogoiano.com, onde estava o problema do time. Michel veio para arrumar a casa, assumiu a posição e Bambu, em uma função sem tanta responsabilidade de mover o time, também vem se destacando.
Do time eliminado no Goianão, desclassificado da Copa do Brasil para um time de Série C, o único que entrou no time depois desses fracassos foi Michel. Foi preciso apenas um jogador para mudar a cara do time. Achamos nosso equilíbrio.
No sábado, contra o Vila, ficou clara a importância do volante no time. Michel estava suspenso e ficou de fora. Fomos dominados por um time muito inferior tecnicamente e saímos no lucro com o empate. O time não teve o ponto de equilíbrio
Times da Série A já estão de olho em Michel. A perda dele causaria um dano muito grande na equipe. Ele é o nosso diferencial.
Que o Adson nem ouça as propostas.
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