Com resposta negativa dos Atletas, Atlético-GO revela incerteza com salários nos próximos meses

Na tarde da ultima segunda-feira os clubes Goianienses receberam a resposta do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (SINAPEGO) sobre a proposta de redução de salário dos jogadores em 50% devido ao tempo ocioso por conta da recessão pela pandemia do coronavirus. A SINAPEGO sequer ofereceu uma contra proposta ao documento da proposta original.

Em entrevista à Sagres 730 o diretor jurídico do Atlético, Paulo Henrique Pinheiro, disse que é decepcionante a postura do sindicato, e que os clubes esperavam um pouco mais de sensatez por parte dos atletas.

“Um pouco surpreso e desapontado com a reposta nestes termos porque nós esperávamos que prevalecesse desde esse início o bom senso que está prevalecendo nas relações de trabalho no futebol em todas as partes do mundo e também em alguns clubes aqui do Brasil”, disse o advogado.

Mas nesta terça-feira uma nova reunião foi marcada com os representantes do sindicato para tentar chegar a um meio termo nessa situação dos clubes.

“Nós conversamos (Atlético, Goiás e Vila Nova) e entendemos que o bom senso há de prevalecer e eles irão entender que os clubes não estão agindo de má fé. A cada dia que se passa é um contrato de patrocínio que se perde, os clubes estão fechados, não tem como ter receita. Então se não chegar a um bom termo que vai possibilitar os clubes quando retomar as competições a arcar com seus compromissos, vai inviabilizar os campeonatos, isso é fato. Não é má fé e os atletas sabem disso, tanto que os três clubes vinham cumprindo rigorosamente suas obrigações salariais. Então decidimos que vamos buscar mais uma vez o sindicato para uma reunião por videoconferência e acreditamos que vamos chegar a um bom termo. Se infelizmente não chegarmos a um situação negociável, nós teremos que tomar outros tipos de providências”, explicou Paulo Henrique Pinheiro.

Segundo diretor jurídico do Atlético, o clube honrará todos seus compromissos até o março junto aos atletas, porém sem movimentação financeira devido a pausa no futebol, o clube não sabe ao certo como ficará suas finanças pros próximos meses.

“A situação do Atlético não foge de 99% dos clubes brasileiros. A reserva que o clube tem vai ser para honrar o pagamento do mês de março de forma integral a todos os seus atletas profissionais, comissão técnica e demais trabalhadores. Embora desde o dia 18 já não tenha mais treinamento e atividades profissionais propriamente ditas dentro do clube, todos os atletas e demais funcionários irão receber integralmente. A partir daí é 100% incerto porque não há previsão de receita, de repasse por parte da emissora detentora dos direitos de transmissão do Brasileiro, de premiação da Copa do Brasil, patrocinadores que estão suspendendo seus contratos ou buscando uma renegociação”, analisou Paulo Henrique Pinheiro.

 

O Atlético pretende realizar a redução salarial apenas do departamento profissional de futebol, chegando a jogadores e também membros da comissão técnica, diferente do que está sendo praticado por outros clubes da capital.

“A princípio estamos trabalhando com os atletas profissionais que recebem valores bem superiores aos demais. Posteriormente resolvendo essa situação nós vamos analisar também se será necessária ou não uma redução ou proposta de redução dos trabalhadores das demais áreas. Em regras são funcionários que recebem valores bem mais módicos e isso será trabalhado em sum segundo momento”, finalizou o diretor jurídico.