Goianésia 3×1 Atlético – Saiu do Accioly é só sofrimento.

O Dragão viajou até Goianésia para encarar o Azulão do Vale no complemento da 7ª rodada do Goianão 2019. O rubro-negro vinha de classificação na Copa do Brasil graças ao regulamento e buscava uma vitória neste domingo para praticamente garantir a vaga nas quartas de finais do Estadual. O que se viu foi mais uma partida pífia fora de casa e classificação adiada.

Novamente, não consegui ver o jogo, pois não foi transmitido em lugar algum. O jeito foi acompanhar pelo rádio. Assim, só dá pra fazer análises superficiais. No primeiro tempo, deu pra perceber o mesmo Atlético de TODOS os jogos fora de casa. Apático, sem dominar o jogo mesmo contra equipes muito fracas como essas do interior. Logo com 3 minutos de jogo, os caras abriram o placar. Depois disso, o Atlético foi um pouco melhor no jogo, mas nada que chamasse a atenção. Antes do fim do 1º tempo, Jorginho desencantou e marcou seu primeiro gol no ano.

No segundo tempo, pelo que deu pra perceber no rádio (que dividia o jogo com o dos moxés), o Goianésia foi bem melhor e construiu tranquilamente a vitória. Ficou 3×1 e ficamos no lucro.

O péssimo gramado de Goianésia, aliado da chuva, prejudicou o time. Não é desculpa. Um time que só treina em tapete, que joga no Accioly em perfeitas condições, sente muito esses gramados deploráveis do Goianão. Porém, um time com a estrutura do Atlético, com o orçamento que tem, não pode ser dominado para times do interior do estado, com todo o respeito. Eles podem até ganhar da gente, mas o domínio do jogo deve ser nosso e isso não está acontecendo em jogos fora de Goiânia.

A culpa da nossa instabilidade é muito do Wagner Lopes. É um profissional com excelentes ideias, que pensa o futebol como eu gosto, que prima pela posse de bola e ofensividade, mas que está matando o time com essas escalações. Futebol é sequência, é preciso definir logo um time titular para que os jogadores se entrosem e formem um conjunto.

Já passamos da metade de Fevereiro e ele não definiu um time titular. Ninguém sabe quem é o lateral direito principal, o esquerdo, qual a dupla de volantes, se Matheuzinho é titular ou banco, se Madson joga ou Gilsinho. E a intocável dupla de zaga, o que dizer? Assim fica difícil te defender, Wagner.

Todo jogo ele troca umas 3 peças, com o argumento principal de “CK alto”, ou seja, que o jogador corre um risco de lesão. Vai ser todo jogo isso? Essa frescura? Essa é uma das maiores chatices do futebol moderno. Coloca os caras pra jogar. Se precisar, substitui durante o jogo. Se machucar, paciência. Antigamente não tinha isso. Pra mim, jogador deve ser poupado quando já está sentindo alguma dor antes do jogo, não quando corre risco.

Hoje fiz uma reflexão. Lopes formou aquele Atlético campeão da Série B de 2016 e o Paraná que conquistou o acesso em 2017. Em ambos trabalhos, ele só formou as equipes e não conquistou os objetivos, foram outros treinadores que conseguiram fazer estes elencos jogarem, no nosso caso, foi o Marcelo Cabo. Fica aí o questionamento.

Não teve um jogo fora de Goiânia que o Atlético teve boa atuação. Só venceu uma, contra a Aparecidense, e mesmo assim foi jogando mal.

Adson, me paga 3 conto por mês que em uma semana eu defino um time titular e dou sequência.