Adson Batista conquistou seis títulos em onze temporadas, mas diz não ser o único responsável pela reconstrução do Dragão

Um dos principais nomes do Dragão nos bastidores é Adson Batista. Responsável pela montagem do elenco rubro-negro, o diretor de futebol também pode ser apontado como o homem que mais colaborou para a reconstrução do clube.

Após momentos difíceis na segunda divisão estadual, o Atlético agora é campeão brasileiro da Série B, conquista inédita para a agremiação. Mesmo sabendo da grande parcela de responsabilidade pelo sucesso, que rendeu seis títulos em 11 temporadas, Batista divide os méritos.

– O Atlético é um clube que pode ser seguido de exemplo por todos. Aqui não existe vaidade e sim muita união. Respeito todas as pessoas do Atlético. Se eu não tivesse recebido apoio moral e político não era possível a concretização deste trabalho. Sozinho ninguém faz nada.

Os elogios do diretor de futebol também se estendem à jogadores e comissão técnica. Após parabenizar todo o grupo, o dirigente garantiu que o Dragão não perderá a humildade, mas frisou que este é “o momento do Atlético”.

– Quero parabenizar a comissão técnica, o Marcelo Cabo é um cara moderno, sem vaidade. Todos os dias ele sabe o que vai fazer dentro de campo, liderou muito bem o ambiente do clube.Quero parabenizar todos os jogadores, porque foram homens, comprometidos. Não chegou faca no nosso pescoço em nenhum momento, pois eles estavam bem em todo o campeonato. O Atlético entrou classificado na primeira rodada e assim terminou. Temos que valorizar muito. O Atlético honrou o futebol goiano, por causa do Atlético teremos jogos com os maiores clubes do país em Goiás. Nem por isso vamos tripudiar nossos coirmãos, pois já estivemos por baixo. É o momento do Atlético, que recuperou a sua torcida.

PROJEÇÕES

2017 é Série A. Lá, o Rubro-negro vai encontrar rivais com orçamentos gigantescos para competir. Ciente disso, Adson Batista alerta para a necessidade de se ter um time com a mesma pegada que foi apresentada nesta Série B, sem loucuras. O dirigente, enfim, disse que espera dificuldades nas duas próximas temporadas, contudo, vê um futuro promissor em 2019, caso o clube permaneça na elite.

 – Tem que ser operário, ter um time com a nossa cara, com a  nossa identidade, saber o nosso real tamanho. Precisamos ter os pés no chão para nos mantermos na Série A. Aí, o Atlético vai se consolidar, vai, a cada ano crescer, melhorar suas receitas. No próximo ano, vamos ter muitas dificuldades, porque temos alguns passivos, muita coisa para se resolver. Temos que buscar alternativas para passar esse deserto de 2017 e 2018. Em 2019, a promessa que temos é que vai ser mais igualitário”, completou o diretor de futebol.